Já imaginou como será a educação do futuro?
O futuro. Nós vivemos nele hoje, segundo as reportagens do Fantástico dos anos 90. E a educação do futuro, já vem chegando, só que bem diferente do que os especialistas da época achavam que ela seria.
Inclusive, antes de começar o texto, precisamos lembrar que a educação do futuro já está sendo planejada e construída, pouco a pouco, em algumas escolas seletas pelo Brasil e pelo mundo.
Algumas como modelo para educação pública, mas a maioria por escolas privadas pioneiras que estão desbravando novos caminhos.
Mas no geral, a sociedade mudou mais nos últimos 10 anos do que a escola mudou nos últimos 70. A escola do futuro, a educação do futuro, precisa chegar para todos, o mais rápido possível.
E te garantimos: o texto de hoje vai te surpreender. Ao invés de mais telas, vamos defender menos telas. Ao invés do ensino guiado pela tecnologia, vamos defender um ensino construído por alunos, professores e comunidade.
Mas sem estragar a supresa, né? Continue a leitura para entender como será a educação do futuro. Vamos?
Como será a educação do futuro?
Uma coisa é certa: os alunos mudaram, então, o ensino também precisa mudar. Não existe mais a possibilidade de continuar ensinando da mesma maneira que era feito antigamente.
E isso é algo reforçado até mesmo pelo especialista, educador e escritor Mozart Neves Ramos, que afirma: “o Brasil ainda tem uma escola do século XIX, professores do século XX e alunos do século XXI”.
Mas o que muita gente acha que vai ser o remédio - dar o foco completo nos alunos - não é. O que acontece é que na escola do futuro não vai existir centro.
Como bem disse o Professor José Pacheco, “A educação do século 21 não está focada no aluno, mas no contexto de comunidade. O centro não existe. O que existe é a relação.”
O futuro - que não se engane, está acontecendo agora nas melhores escolas do país - traz mudanças para alunos, professores e para a escola.
Antes da gente entrar no mérito da tecnologia, precisamos falar melhor sobre essa relação. Você vai perceber que a educação do futuro, na verdade, é o fruto que vem dela.
Começando pelo papel da escola:
O papel da escola na educação do futuro
Como a escola do futuro vai ser? Como ela vai mudar?
Em um podcast da Folha, os repórteres fizeram essa pergunta para uma criança. Ela respondeu o que muitos textos na internet dizem que vai ser o futuro da educação: televisões pra todo lado, professores robôs, tudo feito pela internet.
Essa noção é, nesse caso, literalmente bem infantil. A escola não vai mudar desse jeito que desumaniza tanto os alunos e os professores. Que descarta a relação entre os dois.
A gente sabe, como educadores, que é ela que gera o aprendizado. A verdadeira educação - já dizia Platão muito antes de Paulo Freire - não informa, mas forma seres humanos.
A escola vai precisar repensar sua própria educação, como ela é conduzida. E drasticamente.
O Professor José Pacheco, que mencionamos ali em cima, tem uma proposta de escola do futuro em Portugal - a Escola da Ponte - e outra aqui no Brasil: a EMEF Desembargador Amorim Lima.
Veja um vídeo da roda de conversa que a escola propõe aos alunos logo abaixo. Ela acontece todos os dias, do dia 1º ao dia 9 de todo mês:
Você pode acessar o Projeto Político Pedagógico da escola clicando aqui.
O papel da escola, na educação do futuro, é juntar tudo: alunos, sociedade e professores. E através dos professores, criar uma experiência de aprendizado diferente todo dia, dependendo do assunto e das vivências dos alunos.
E falando nisso:
O papel do professor na educação do futuro
O professor nunca vai ser substituído por um robô ou por um tablet. Isso não vai acontecer.
O trabalho do professor é muito, mas muito complexo. Ele não pode ser feito por qualquer outro recurso que não seja um ser humano acompanhando a experiência de aprendizado do aluno.
O papel do professor na educação do futuro vai ser um mais ativo. Eles vão precisar criar as experiências, guiar o aluno junto com todas as ferramentas possíveis - inclusive as digitais.
O professor não vai mais “passar o conteúdo”, porque a educação do futuro não estará tão interessada apenas no próprio “conteúdo”.
Não adianta encher a cabeça dos alunos com informações só pra eles passarem em uma prova. Isso é garantir que eles vão esquecer aquela informação e a escola vai falhar no seu objetivo principal: formar pessoas.
Um ótimo exemplo e inspiração para a sua escola é o projeto Maker Space, desenvolvido pela Febrace e pela Escola Politécnica da USP. Ele procura montar nas escolas um espaço direcionado para inovação, com um laboratório de montagem dos mais diversos dispositivos.
Professores e professoras são os responsáveis por colocar em prática iniciativas como essa na educação do futuro. Inclusive, se você quiser tentar, aqui está o manual completo da Febrace para montar seu Espaço Maker, completamente grátis.
O papel do aluno na educação do futuro
O aluno tem um papel diferente do que ele está acostumado na escola tradicional.
Apesar de não parecer (especialmente nas escolas públicas), o protagonismo da escola é direcionado totalmente ao aluno. Ele está lá para aprender, a escola está lá para que ele aprenda, o professor está lá para ensiná-lo.
Essa noção está tão presa no que a gente imagina como escola que é até difícil desafiá-la. Se não for para os alunos, a escola é pra quem?
A educação do futuro não vai ter centro, não vai ter foco. O aluno é parte de um ecossistema de formação de pessoas para a sociedade. E da formação da própria sociedade. Ele não está sozinho no seu ensino.
É o que o professor José Pacheco chamou de “sujeitos de aprendizagem no contexto de uma comunidade sujeita a aprendizagem”.
Qual é o papel da tecnologia na educação do futuro?
É interessante perceber como quando alguém diz “educação do futuro” ou “escola do futuro”, imediatamente a gente pensa nas telas. Mas na verdade, ela é o completo oposto disso.
Já existem “escolas do futuro” hoje. Escolas que levam tudo isso que falamos aí em cima em consideração, que aplicam esses conceitos. São escolas de elite nas capitais brasileiras, e você não vai ver nenhuma única tela nas salas de aula no momento de aprendizagem.
Não tem uma sala inteira com os olhos fixos no tablet. Não tem uma televisão no lugar do professor. O que tem é o uso da tecnologia para apoiar os professores a se organizar e quebrar barreiras que só a tecnologia é capaz de quebrar.
Separamos alguns exemplos aqui pra ficar mais fácil de explicar. Olha só:
Apoio a docência
Os avanços da tecnologia, em qualquer área, são voltados para a automação de trabalhos que podem ser automatizados.
Esses trabalhos, geralmente, são os considerados rotineiros, repetitivos e que não envolvem a criatividade para solucioná-los.
Assim, o argumento que “o professor vai ser automatizado” é absurdo. O trabalho do professor não é nem de longe rotineiro e repetitivo. Ou não deveria ser na educação do futuro.
Tudo o que nós falamos nos tópicos anteriores sobre o dever dos professores na escola do futuro está aí para comprovar isso.
O que pode ser automatizado, porém, são as tarefas mais repetitivas dos professores. Alguns exemplos:
- Preenchimento de diários;
- Notação de faltas e chamadas;
- Entrega de trabalhos e lições de casa;
- Agenda escolar e recados para os pais;
- Lembretes para os alunos;
- Um portal do aluno e professor;
Dentre outras. Tudo isso já existe hoje. Plataformas de gestão de escolas oferecem esse apoio aos professores, que podem focar na construção de experiências para os alunos, um dos pontos principais da educação do futuro.
Aulas de qualquer lugar
O avanço que a pandemia trouxe nos sistemas de videoconferência foi gigantesco. E nas melhores escolas, esse sistema foi testado visando acabar com as limitações geográficas da sala de aula.
A sala de aula, na educação do futuro, é um conceito, uma abstração. Ela não precisa ser - nem deve ser - um espaço físico da escola. Mesmo com todos os alunos presentes, escolas que abraçam o futurismo ministram aulas em vários ambientes diferentes - um parque, um pomar, um laboratório etc.
A videoconferência vem para remover completamente barreiras que em muitos casos seriam completamente intransponíveis.
Hoje, alunos que por qualquer dificuldade não conseguem comparecer à escola simplesmente ficam sem aula. Essa realidade não vai existir na escola do futuro. Aliás, em escolas do Brasil hoje mesmo isso já está chegando ao fim.
Apoio à administração escolar
Do mesmo jeito que a tecnologia apoia os professores, ela também oferece suporte para toda a equipe da escola - especialmente a gestão, diretoria, coordenação e secretaria.
Esse é o ponto forte de tecnologia na gestão das escolas, facilitar o trabalho de todos em uma única ferramenta.
Para a gestão escolar, ótimas oportunidades de automação podem ser:
- Gestão da biblioteca;
- Gestão de todo o financeiro da escola;
- Secretaria automatizada;
- Matrículas online;
- Gestão de faturamento e inadimplência;
Dentre várias outras.
3 tendências educacionais da escola do futuro
Falamos muito da parte filosófica da educação do futuro, né? Mas existem alguns pontos práticos que vale muito a pena falar sobre.
Separamos aqui uma lista com 5 tendências mais diretas, um sumário das principais mudanças que vamos ver na educação do futuro.
Olha só:
1 - Popularização das plataformas de gestão escolar
Não há como fugir dessa tendência. Essa revolução tecnológica nas escolas está acontecendo hoje e vai se tornar basicamente o status quo do futuro.
As plataformas de gestão escolar mudam completamente a rotina dos professores e da parte de gestão da escola para melhor. E de uma forma tão simples e intuitiva que é uma questão de tempo até que praticamente todas as escolas tenham um sistema similar.
Pense assim: hoje em dia, é raro você ir em um restaurante que não tem um computador no balcão anotando pedidos e os transferindo. Também é raríssimo um restaurante que não faz entregas via aplicativo.
A tecnologia chegou para esses negócios e também para as escolas. Se você quer entender melhor como essas mudanças vão funcionar, faça uma demonstração da plataforma IScholar!
2 - Desapego das telas
A educação do futuro, na verdade, é o oposto do que as telas e dispositivos fazem para os alunos.
O que ela precisa fazer é preencher as lacunas de aprendizado deixadas pela nossa sociedade que está cada vez mais digital, e cada vez mais consumista em relação ao conteúdo.
Você já ouviu a expressão “o meio é a mensagem”? Ela foi proposta pelo sociólogo Marshall McLuhan, e define um conceito muito interessante: mensagem que uma mídia passa depende da própria mídia.
Vamos pegar os celulares como exemplo. As crianças estão consumindo conteúdo constantemente no Tik Tok e YouTube. Esse conteúdo é raso, feito para ser consumido rapidamente e depois praticamente esquecido.
Mesmo os educacionais: é só conteúdo sendo entregue e absorvido, sem uma discussão, sem um debate que vai realmente formar a opinião de quem está assistindo.
Por isso, a mensagem que essas redes sociais passam está relacionada com o meio, as próprias redes sociais.
Dessa forma, vai ser papel da escola adequar o ensino dos alunos, preenchendo essas lacunas de aprendizado.
Tablets na sala de aula? Claro: para anotações e consultas a materiais didáticos, tudo bem. Mas como forma central de ensino? Muito pelo contrário.
3 - Alfabetização tecnológica
Uma preocupação muito grande hoje de escolas preocupadas com o futuro está no trabalho de alfabetizar tecnologicamente seus alunos.
A gente tem o costume de achar que só porque crianças nascidas a partir dos anos 2000 nasceram com tecnologia por todo lado elas são experts em tecnologia.
Isso é uma falácia bem grande. Consumir algo não te faz um expert. Se fosse assim, todo mundo que nasceu depois de 1888 - nascimento do cinema - conseguiria escrever o roteiro de um filme.
As crianças de hoje em dia sabem usar a tecnologia porque ela é fácil de ser usada. Seu conteúdo foi feito para ser consumido e propagado com facilidade.
Mas e os perigos que a tecnologia traz à privacidade, à saúde mental? E as oportunidades que ela oferece para combater esses mesmos problemas?
A educação do futuro vai formar pessoas que realmente entendem como a tecnologia funciona. Assim, essas pessoas vão pensar na tecnologia do futuro e moldar o mundo inteiro, definir seus rumos, não apenas consumir passivamente.
Em poucas palavras, o ensino tecnológico é o ensino da cidadania.
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Dar espaço para a tecnologia no ambiente de ensino é muito bom, mas saber utilizá-la a seu favor é melhor ainda.
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Até a próxima!
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