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Salário de professores da rede particular: como calcular?

Salário de professores da rede particular: como calcular?

Equipe iScholarLeitura: 11 min

O tema salário de professor, historicamente, sempre foi marcado por debates calorosos e opiniões divergentes.

Além de acreditar que as crianças são o futuro do país, também precisamos valorizar aqueles que as auxiliarão a construir esse futuro: os professores.

Por isso, em meio às opiniões, às lutas por piso salarial, temos os professores da rede particular, que ainda levantam questionamentos sobre o seu cálculo salarial.

E é sobre isso que iremos tratar no texto de hoje.

Até o final do conteúdo, você, como diretor, conseguirá ter maior compreensão de como remunerar e oferecer um salário de professor mais justo e valorizado.

Vamos continuando?

 

Remunere de forma justa e colha frutos         

Mulher de meia idade sorrindo em frente a uma lousa escolar

E por falar em valor, um dos pontos principais dos debates dos professores é sobre as consequências da precariedade salarial.

Remunerar seus professores de maneira justa traz grandes vantagens: você vai estar trabalhando com professores contentes, satisfeitos e orgulhosos de exercer o magistério.

Em qualquer ramo de negócios ter colaboradores felizes é a receita do sucesso a curto prazo e o ingrediente necessário para estabelecer o crescimento saudável a longo prazo.

Vamos entender melhor como remunerar de forma justa e como o salário de professor possui fatores importantes a se considerar agora: 

Fatores para levar em consideração antes de remunerar     

Na hora de calcular o salário de professor, deve-se levar em consideração alguns fatores, como:

  • O custo de vida da cidade onde mora o professor contratado;
  • A formação do professor; se ele é um mestre, um doutor, etc;
  • Eventuais bonificações salariais;
  • A modalidade de ensino;
  • A carga horária: se é o dia inteiro ou apenas meio período;

Entre outros fatores.

Vamos aprender melhor sobre a estrutura do salário de professor mais adiante.

Valorizando o trabalho do professor 

Garantir que o salário de professor seja justo e equitativo é valorizá-lo e enviar uma mensagem de que o seu trabalho é indispensável – o que de fato é verdade.

Não adianta criar inúmeros benefícios externos porque não existe almoço grátis.

O seu professor precisa saber que está atuando em um lugar que apoia sua carreira, que construir uma história ensinando em sua escola é o melhor caminho a seguir.

Para isso, o salário-base – que vamos ver adiante também – deve ser a régua de medida para calcular a remuneração dos seus professores.

Falando mais sobre salário-base, trouxemos o próximo tópico para ilustrar uma disparidade importante no salário de professor da rede pública x professor da rede privada.

Vamos entender melhor: 

Professor rede privada x professor rede pública     

Falando sobre educação básica (o período que consiste em educação infantil, fundamental e médio) o salário de professor da rede pública é definido pelo MEC.

No último dia 31 de Janeiro de 2024, O Ministério da Educação (MEC) publicou o edital que definiu o novo piso salarial dos professores da educação básica.

Salário esse que está em R$4.580,57, um aumento de 6% em relação ao piso de 2023.

Todos sabemos que, em sua grande maioria, os professores da rede pública de ensino possuem cargos públicos e são resguardados financeiramente.

Porém os que não são, infelizmente, ainda recebem menos do que o piso definido pelo MEC.

No caso dos professores da rede privada, não existe um piso específico e isso pode acarretar grandes problemas na hora de calcular o salário de professor.

Devido a essa ausência de legislação clara a respeito do salário de professor do ensino privado, os diretores ainda possuem muitas dúvidas sobre isso.

Para facilitar para os diretores do ensino privado, o Sindicatos de Professores (SINPROs) e os Sindicatos de Escolas Particulares (SINEPEs) fazem acordos e convenções coletivas periodicamente para definir essas questões.

Esses sindicatos podem ser regionais, por isso, vale fazer uma consulta no sindicato da sua cidade. E, caso não exista, deve-se seguir o SINEPE.

Isso dito, vamos aprender agora na prática:

Como calcular o salário de professor da rede privada     

Mulher segurando uma calculadora preta e cinza
    
Cálculo salarial não é uma disciplina fácil e os contadores e profissionais de RH hão de concordar com isso.

Além de envolver técnicas de contabilidade, organização mensal e planilhas, o cálculo salarial também envolve questões sociais.

Qualquer erro de cálculo pode custar um grande problema financeiro para o colaborador.

A maioria dos brasileiros espera ansiosamente pelo dia do salário e não levar isso em conta ao cometer erros é deixar de lado a função social.

No caso dos professores existem questões ainda mais complicadas, como o fato de que alguns são horistas, outros trabalham meio período, outros recebem por aula ministrada etc.

Vamos entender melhor qual a estrutura do salário de professor e suas variáveis agora mesmo: 


Remunerando professor horista    

O professor horista nada mais é do que o docente que recebe por hora de aula ministrada. Ou seja, a cada aula dada o professor receberá x valor.

Preste bastante atenção agora, porque o salário de professor horista é um dos mais complicados para remunerar.

Vamos explicar no próximo ponto sobre isso, mas ao construir o salário de professor horista é importante levar em consideração que tudo que o docente fizer pela sua escola consiste em hora trabalhada.

Veja na prática:

Para saber quantas horas-aula o seu professor trabalha, é preciso transformar as horas-relógio em horas-aula.

Cada hora-aula tem o tempo estabelecido em 50 minutos, então o salário de professor precisa ser calculado em cima da quantidade de horas-aula lecionadas, ou seja 50 minutos por aula.

Digamos que o seu professor trabalha das 9h30 às 16h30, são 6 horas-relógio de 60 minutos cumpridas por dia, que devem ser transformadas em horas-aulas de 50 minutos.  

O cálculo a ser feito para saber a quantidade de horas-aula ministradas será esse:

Número de horas diárias x 60 (hora relógio) / 50 (hora-aula) x número de dias trabalhados na semana


De acordo com o nosso exemplo acima, o resultado será:

6 x 60 = 360/50 = 7,2 x 5 = 36

Segundo a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), a remuneração do docente deve ser feita a partir do salário-base, mais o descanso remunerado que é R$5,25 (quatro semanas do mês mais o repouso).

Sabendo disso e após descobrir a quantidade de horas-aula ministradas por semana, faça este outro cálculo para determinar o salário de professor:

4,8 (horas-aula por dia) X 5,25  (quatro semanas do mês mais o repouso) X valor da hora-aula

Sobre o valor da hora-aula: como falamos acima, os sindicatos determinam os valores das horas-aula ministradas, que são base para todas as escolas particulares.

Você deve procurá-los para poder praticar o valor correto.

Além disso, de acordo com o orçamento da sua escola, você pode decidir oferecer um valor de hora mais competitivo.

Aí isso ficará a seu critério. 

Remunerando professor mensalista

No caso do salário de professor mensalista, o cálculo será o mesmo, porém ainda será necessário fazer o cálculo de transformação da hora-relógio para a hora-aula, mas nesse caso no âmbito mensal. Veja:

Salário Mensal
5,25 x Valor Hora-Aula x Nº de horas-aula mensal

Sobre o cálculo do descanso remunerado:

5,25 = 4,5 semanas + 1/6 do Repouso Semanal Remunerado
4,5 (semanas/mês)  x  7 (dias na semana)  /  6 (dias úteis) = 5,25

Vamos descobrir algumas outras informações importantes sobre o salário de professor: 

Não parece hora trabalhada, mas é

Outro fator para levar em consideração sobre o salário de professor são as variações de atividades, aquelas atividades que “não parecem horas trabalhadas, mas são”.

Algumas atividades “extras” dos professores também são consideradas horas-aula, mesmo que não seja aplicada especificamente dentro da sala de aula.

Veja alguns exemplos:

  • Expedientes aos sábados para planejamentos ou similares;
  • Trabalho ativo em eventos;
  • Reuniões escolares fora do horário das aulas.    

Essas atividades devem ser incluídas no salário de professor como horas-extras, sempre respeitando o limite delas de acordo com a CLT. 


Haja de acordo com a legislação    

E falando em CLT, é extremamente importante que você siga o passo a passo da remuneração do professor, definida pela CLT e pelos sindicatos.

Essa camada de segurança pode evitar problemas futuros para sua instituição de ensino, pois o quesito Salário é um dos mais sensíveis para o ministério do Trabalho.

Além disso, para garantir que está seguindo as leis, você também poderá consultar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

E para auxiliar na gestão financeira da sua escola existem os ERP 's Educacionais, como o iScholar.

Nosso sistema inteligente entrega relatórios completos sobre o seu financeiro, auxiliando que o seu caixa fique sempre no verde para conseguir remunerar de forma justa. 

A estrutura do salário de professor    

O salário de professor possui uma estrutura particular que não encontra-se nos salários de outros profissionais. Veja a seguir:

  • Salário-base: é o valor mínimo que o professor receberá mensalmente, seja ele horista ou mensalista; 
     
  • Hora-aula: é o valor pago por cada aula ministrada;
     
  • Gratificações e bonificações: o salário de professor pode englobar gratificações e bônus de desempenho ou de participação em projetos externos, dependendo das políticas internas da instituição;
     
  • Descanso remunerado: o descanso também faz parte do salário de professor, que está fixado no valor de 5,25 (4,5 semanas + 1/6 do Repouso Semanal Remunerado);
     
  • Benefícios definidos pela escola: alguns professores podem cumprir seus horários no período noturno e para esses caberá adicional noturno e/ou insalubridade.     

Equidade salarial na composição do salário de professor

Quatro bonecos de dois homens e duas mulheres pisando em moedas

Estamos quase chegando ao fim do nosso texto e você já aprendeu bastante sobre a construção do salário de professor.

Agora vamos abordar alguns pormenores que podem ajudar os diretores das instituições a ampliarem sua visão a respeito da remuneração de docentes.

Estamos falando sobre equidade salarial, que nada mais é do que buscar o equilíbrio na remuneração de professores, sejam eles homens ou mulheres.

Uma forma de alcançar esse patamar é remunerar de acordo com a competência, a formação, as habilidades sociais, entre outros.

Continue conosco para entender melhor porque essa parte do texto é muito importante:

Remuneração de acordo com competência     

Remunerar profissionais nunca é uma tarefa fácil.

Todo gestor tem um desejo por remunerar da melhor forma, mas algumas vezes cometemos erros pequenos que podem afetar nossa credibilidade.

Definir o salário de professor de acordo com sua competência e não apenas baseado em dados das leis e sindicatos, é uma forma ótima de valorizar o profissional.

Além disso, vale ressaltar que remunerar de acordo com a competência também pode combater diferenças salariais baseadas em conceitos equivocados ou diferenças de gênero. 

Salários na educação básica x salários na educação superior

Outra forma de alcançar equidade salarial é construir as diferenças salariais baseadas na formação.

Por exemplo, é óbvio que os salários de professores da educação básica vão ser menores dos que os dos professores de educação superior.

Porém, isso não está relacionado a nada além da competência, do nível de formação, dos anos de experiência dessas pessoas.

E essa diferença salarial será natural, o que não impede em nada que os professores busquem outras especializações para experimentarem crescimento em suas carreiras.

Mas vamos continuando que ainda tem alguns pontos legais para abordarmos:

Como estabelecer aumentos e promoções     

Essa parte é importantíssima porque um dos principais problemas de construir o salário de professor é quando ele não tem objetivo.

Ou seja, você contrata professores que não desejam crescer na sua instituição, não querem formar legados, porque não há clareza no processo.

Muito disso tem a ver com o fato de que os diretores não deixam claro quais tipos de ações eles podem fazer para experimentarem promoção, aumentos salariais, etc.

Então para estabelecer aumentos e promoções você precisa:

  • Criar um plano de carreira para os seus professores;
  • Comunicá-lo claramente na entrevista;
  • Definir ações ao longo do ano para “testar” as habilidades;
  • E comunicar os prazos para promoções e aumentos.

Fazendo isso, você incentivará seus docentes a entregarem o melhor de si em sala de aula, melhorando a qualidade do ensino em sua instituição e verá os alunos e seus pais satisfeitos no processo. 

Dicas para oferecer remunerações competitivas    

Fazer com que sua escola possua um plano de salários atrativos para o mercado é essencial para contratar os melhores professores.

Existem muitas escolas particulares espalhadas pelo Brasil, por isso, ótimos professores estão sempre buscando a que mais o valoriza a partir do salário de professor.

Faça pesquisas salariais em outras escolas, leia os guias anuais dos sindicatos e organize seu orçamento para oferecer remunerações competitivas.

Ferramenta de gestão de salários da iScholar    

Chegamos ao fim do texto e sabemos que você absorveu muito conteúdo até aqui.

Mas isso não é tudo que temos para oferecer aos diretores de escolas particulares.

Nosso Sistema de Gestão Escolar, o iScholar, tem o potencial de tornar-se um parceiro na gestão da sua escola.

Nossa proposta busca a transformação da sua instituição em uma grande empresa que em breve estará posicionada para o crescimento no futuro.

Faça uma demonstração gratuita da nossa ferramenta e facilite a rotina da sua gestão escolar.

Obrigado por ler até o final do texto. Até a próxima!

 

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