Novo Ensino Médio: entenda as mudanças e saiba como preparar sua escola
A reforma do Ensino Médio é um assunto que tem sido destaque nos últimos anos, tendo gerado dúvidas e debates principalmente entre os educadores. A razão disso são as mudanças que o Novo Ensino Médio trará consigo, caracterizando desafios significativos para as escolas e os alunos.
Por isso, neste artigo você verá as principais mudanças do Novo Ensino Médio e seus desafios, bem como o que fazer para adaptar sua instituição de ensino.
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O que é o Novo Ensino Médio
Assim como a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) da Educação Infantil e Ensino Fundamental, a BNCC do Ensino Médio é um documento normativo feito para nortear as ações de instituições de ensino de todo o Brasil. Nele, encontram-se novas propostas pedagógicas e a referência obrigatória para a elaboração de currículos escolares.
O Novo Ensino Médio é um modelo de ensino-aprendizagem que oferece a base de disciplinas obrigatórias, mas abre espaço para que os alunos escolham itinerários formativos de acordo com seu interesse. Dessa forma, um de seus maiores diferenciais é o foco no protagonismo do aluno.
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Quais serão as principais mudanças?
Carga horária e turno
Antes da reforma, a carga horária letiva anual era de 800 horas, totalizando 2400 horas nos três anos. No Novo Ensino Médio, essa quantidade muda para pelo menos 1000 horas por ano, para que a carga total seja ampliada para 3000 horas.
Porém, a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é que, até 2024, pelo menos 50% das escolas estejam oferecendo educação em tempo integral. Dessa forma, os alunos passarão a estudar 7 horas diárias, o que faz a carga horária anual ampliar para 1.400 horas e totalizar 4.200 horas ao final dos três anos. Dessas, 1800 horas precisam ser destinadas para a formação geral básica e o restante para os itinerários formativos.
Pensando na ampliação da carga horária, a ideia é que o aumento da jornada escolar aconteça de forma progressiva até que todas as escolas passem a ofertar ensino em tempo integral.
Novo currículo
Na nova base de formação geral, as áreas de conhecimento ficarão divididas nos seguintes grupos:
- Linguagens e suas Tecnologias
- Matemática e suas Tecnologias
- Ciências da Natureza e suas Tecnologias
- Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
A BNCC define que as disciplinas obrigatórias no Novo Ensino Médio são: Português, Matemática e Inglês. Desde que essas três sejam ofertadas, a organização do currículo com disciplinas integrantes de cada área de conhecimento fica por conta de cada estado e das escolas.
Os itinerários formativos
Um grande diferencial do Novo Ensino Médio - considerada a mudança mais significativa - é seu objetivo de flexibilizar o currículo e garantir mais autonomia para os estudantes. Portanto, os itinerários formativos são o conjunto de disciplinas que os alunos poderão escolher para se aprofundarem em alguma área de conhecimento específica, sendo que podem optar por mais de uma.
Além das quatro áreas do conhecimento, o quinto itinerário que pode ser escolhido é o de Formação Técnica e Profissional. Assim, o ensino técnico pode ser feito de forma concomitante ao médio.
Um dos objetivos dessa mudança também é manter os alunos interessados no processo de educação, almejando que a evasão escolar diminua. Afinal, cada estudante poderá moldar seu processo de aprendizagem de acordo com suas afinidades e objetivos.
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Quando entra em vigor?
Uma das maiores dúvidas dos educadores sobre o assunto é quando a BNCC do Novo Ensino Médio entrará em vigor. Desde a homologação do documento realizada em 2018, as escolas já começaram a se planejar e se adaptar às mudanças necessárias.
Por enquanto, o prazo máximo estipulado para adequação para todas as redes de ensino é até 2022. Entretanto, com a pandemia da COVID-19, o cenário se tornou incerto, o que pode causar um certo atraso na adaptação total das escolas.
Os principais desafios para as instituições de ensino
Levando em consideração as mudanças que ocorrerão no Novo Ensino Médio, um dos maiores desafios para as escolas será a reorganização curricular e oferta dos itinerários formativos.
A adoção da BNCC do ensino médio com certeza fará o âmbito educacional do país passar por um longo processo de adaptação. Com isso, é esperado que surjam muitas dúvidas entre alunos e pais acerca do novo modelo, o que leva a um outro desafio: manter todos informados.
Portanto, é um papel essencial da escola conscientizar todos de forma clara sobre as mudanças, auxiliando na adaptação do novo modelo. Quando o corpo docente já estiver alinhado e resolvido os principais questionamentos, é hora de comunicar aos alunos e responsáveis para que não haja conflito de informações.
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Como começar a adequar sua escola?
1. Estudo e análise
Antes de qualquer coisa, é preciso que as redes de ensino conheçam a BNCC e suas particularidades, assim como as possibilidades dos itinerários formativos. Para isso, os gestores devem pesquisar os documentos oficiais sobre o assunto que servem como guia para as escolas. Além disso, é interessante buscar referências de instituições que estão no processo de adaptação e já colocaram o novo modelo em prática.
Ademais, cada escola precisa realizar um diagnóstico sobre seus recursos financeiros, humanos e físicos disponíveis. Assim, será possível definir se é necessário contratar mais professores, reformar a infraestrutura da escola, adquirir novos equipamentos ou outras questões a serem consideradas.
2. Reelaboração curricular
Aqui, é recomendado estruturar um cronograma de implementação e definir quem serão os profissionais que conduzirão a elaboração do novo currículo. Ter responsabilidades bem definidas é fundamental e criar um documento norteador do processo irá facilitar o acompanhamento das etapas de implementação e a efetividade das ações realizadas.
A escola tem autonomia para escolher o modelo de organização dos itinerários formativos a partir dos Referenciais para a Elaboração dos Itinerários Formativos divulgados pelo Governo.
Depois da proposta curricular ser finalizada e revisada, o documento é encaminhado aos Conselhos Estaduais de Educação para a sua normatização. Depois de passar por essas duas etapas, a escola está pronta para começar a implementação do novo modelo.
Conclusão
Diante dessas mudanças, os gestores escolares devem se aprofundar no assunto e se adequar o quanto antes às novas diretrizes. Para diminuir a preocupação com procedimentos rotineiros enquanto foca nessas mudanças, os gestores que ainda não contam com um sistema de gestão escolar precisarão avaliar a aquisição de um.
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Até a próxima!
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