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10 maneiras de integrar a família na escola
Veja 10 ações fáceis de aplicar ainda nessa semana para integrar a família na escola
Leitura: 9 min
Com a onda de violência voltada para as escolas, é natural pensar em contratar um segurança nas escolas particulares. A questão é: pode?
Esse texto vai procurar elucidar essa questão, e também trabalhar com a logística: como escolher a melhor empresa de segurança escolar? O que os próprios seguranças podem portar no ambiente educacional?
Já falamos aqui no nosso blog muitas vezes que a principal função da escola é formar cidadãos. Mas a sua principal responsabilidade, a mais sagrada de todas, é manter seus alunos em segurança.
Hoje vamos responder as perguntas mais importantes sobre o assunto: pode segurança armado em escolas de todas as idades? E nas faculdades? Que outras medidas protetivas podem ser tomadas com o apoio da polícia?
Vamos começando que temos muito para conversar!
Não tem nada em escala federal que impeça a sua escola de contratar vigilantes armados em qualquer turno. Absolutamente nada.
O próprio Ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou recentemente em uma entrevista para a Exame que essa é uma decisão dos próprios gestores escolares. Ele disse:
“Quando fui gestor, havia escolas com vigilante armado e também escolas sem. Quem define é o gestor das escolas junto com as autoridades de segurança” - Flávio Dino, Exame.
É importante, porém, entender o que ele está dizendo aí muito bem. Perceba que o poder de escolha fica com o gestor da escola e as autoridades de segurança — ou seja, a regulação de segurança armada nas escolas particulares parte do estado e do município.
O que isso significa é que municípios podem deliberar na câmara de vereadores e na prefeitura para impedir escolas de contratar segurança armada. Isso não é muito comum, mas com certeza pode acontecer.
Por isso, antes de contratar segurança armado na escola, é interessante conversar com seu jurídico para investigar a situação da sua cidade.
No caso onde não é permitido, com certeza o município vai ter algum sistema de rondas já garantido com a polícia.
E falando nisso:
As polícias são estaduais, mas seus batalhões são municipais. O que significa que a polícia de cada município tem sua independência, apesar de trabalhar de uma forma integrada e conectada, obedecendo ordens do estado.
Então, as rondas policiais e até a presença de policiais fardados em escolas depende da disponibilidade de cada município.
Após a onda de violência nas escolas, várias polícias já manifestaram apoio e desenvolveram programas para a redução da violência.
A polícia de Minas Gerais, por exemplo, anunciou visitas mais periódicas, reforçando o Proerd e o Progea. E além disso, um reforço extra na Patrulha Escolar, um destacamento de viaturas que faz ronda em escolas e são os primeiros respondentes em caso de problemas.
CAda estado tem seus sistemas, e os municípios também têm sistemas próprios. É improvável esperar presença policial constante e diária na sua escola. O melhor a se fazer é conhecer as ações que a polícia faz na sua cidade e julgar se elas são o suficiente.
Existem várias empresas de segurança para escolas particulares. A questão é que várias estão surgindo agora, e o trabalho ainda é relativamente novo.
Nos últimos anos, sempre foi muito raro encontrar seguranças armados em escolas, particulares ou públicas.
Mas agora a demanda está aumentando muito por conta dos ataques, atendados e aumento da violência. Por conta disso, é muito importante fazer a escolha certa.
É importante notar também que as câmaras estão aprovando a segurança patrimonial armada nas escolas públicas em vários estados e municípios. Em Minas Gerais, já existe regulamentação a favor.
Quando há a liberação para escolas públicas, o mercado se aquece muito. Elas são muito mais numerosas que as particulares, e antes não podiam contratar esses profissionais. Isso significa um aumento na oferta do serviço, e uma necessidade maior de pesquisa no momento da contratação.
O perfil dos seguranças, a experiência da empresa e algumas questões pedagógicas precisam ser levadas em conta na hora de escolher a melhor segurança patrimonial para escolas.
Tocamos em todos esses pontos agora. Olha só:
Com o aumento da oferta dos serviços de segurança armada nas escolas, é natural que quem está procurando contratar esses serviços precise pesquisar muito mais.
Isso porque quando novas empresas estão surgindo para todo lado, a qualidade do serviço oferecido tende a cair um pouco.
As empresas que já oferecem segurança nas escolas particulares há anos também vão oferecer para as públicas, o que aumenta a necessidade de mais treinamentos para os vigilantes.
A especialização para o trabalho em escolas é fundamental para a contratação. Você precisa conhecer os cursos e as certificações de cada vigilante contratado, além de conhecer a experiência da empresa.
Violência é um trabalho bem difícil de trabalhar pedagogicamente. A coordenação e a direção vão precisar trabalhar juntos com os vigilantes e seguranças para garantir que a sua presença não vai atrapalhar nas rotinas escolares.
Esse trabalho não precisa ser muito específico, mas é importante que os alunos saibam os nomes dos seguranças e o que eles estão fazendo na escola.
Falar sobre rondas específicas, onde eles vão estar e detalhes do próprio trabalho não é a melhor das ideias, por que isso acaba atrapalhando o trabalho dos seguranças.
Mas apresentá-los e dizer suas funções vai é ajudar. Mais intimidade com os seguranças garante uma integração mais simples e mais efetividade na execução do trabalho no dia a dia.
Situações violentas nas escolas ainda são bastante raras. Mas a mesma justificativa de contratar seguranças nas escolas particulares também exige um sistema de monitoramento ativo.
Pense: os seguranças estão lá para garantir a segurança das crianças em caso de ataques. Isso por si só determina que ataques podem acontecer, certo?
Exatamente por isso, a escola tem responsabilidade de também instalar câmeras de segurança e câmeras corporais nos próprios agentes. Caso um ataque aconteça, tudo fica gravado. E durante o ataque, a fonte pode ser facilmente encontrada.
Oxalá aconteça alguma coisa. Mas é sempre bom ter tudo preparado, não é?
O melhor jeito de encontrar boas empresas de segurança para escolas particulares é conversar com escolas que já têm esse serviço contratado.
Isso porque, além da experiência com as empresas, essas escolas também podem te falar sobre como é a rotina de ter seguranças nas escolas particulares. Como é a interação com a equipe e com os alunos etc.
Através das indicações você consegue muito mais segurança na hora da contratação. Também é possível, junto com elas, entender os pontos fortes e fracos da empresa fornecedora. E basear suas escolhas nisso.
Grandes mudanças na escola precisam do aval da família. E o melhor jeito de conseguir esse aval é com uma reunião de responsáveis.
Se houver algum aumento nas mensalidades para o próximo ano, é necessário informar quais eles serão. E também será necessário apresentar a empresa e, se possível, os próprios vigilantes.
É importante entender que alguns responsáveis vão ser contra a contratação. A presença de segurança armada é um assunto muito delicado e que mexe com as emoções de muita gente.
Dessa forma, você precisa argumentar a favor da solução usando o máximo de recursos que você conseguir. Tudo o que você descobriu sobre a empresa, tudo o que você pesquisou para a contratação, precisa ser exposto durante a reunião.
Para fechar o texto, precisamos conversar sobre a verdadeira eficácia dos vigilantes armados, olhando para os dados e deixando a emoção e o medo de lado por um momento.
Segundo a professora Catarina de Almeida, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, “A inserção nas escolas de artefatos de segurança, tais como catracas, detector de metal e segurança armada, não vai enfrentar o impacto do extremismo nos jovens. Pelo contrário, eles querem esse confronto”.
Essa afirmação foi dada ao portal de notícias da Câmara dos Deputados, junto com vários argumentos contra o uso dessas medidas.
Catarina ressalta que a “transformação das escolas em cadeias” não é a melhor solução e muito menos a resposta para esses ataques. Cita, inclusive, que escolas americanas têm esses profissionais e ainda assim sofrem ataques.
Daniel Cara, da USP, destaca essa mesma questão. Ele destaca a teoria da janela quebrada: se ela não for consertada, logo todas as outras vão estar, independente de policiamento ou não.
Segundo ele, “a melhor prevenção é que o ambiente escolar seja democrático e saudável”.
O contra-argumento dos que são a favor da segurança armada nas escolas particulares não diz respeito aos dados ou estatísticas, mas sim às situações individuais.
Esse é um ponto entendível. Por mais que a escola seja democrática e participativa, um atentado pode acontecer. Sua prevenção, embora comece na escola, precisa de outros fatores como o apoio familiar.
Pela dificuldade de prever onde será e como será o próximo atentado, os seguranças nas escolas particulares podem até não preveni-los, mas garantem mais chances de contê-los.
Esse argumento é bem difícil de refutar. Qualquer escola particular tem o dever de zelar pela segurança dos seus alunos. Os casos de violência podem nem ser causados pelo próprio ambiente escolar — muitos são estimulados por grupos terroristas na internet.
Nossa opinião vem da liberdade de escolha das escolas particulares. Ela é que deve, por fim, reinar.
Tudo vem mudando muito rápido. Essas mudanças acontecem todos os dias, o tempo todo.
A situação da violência nas escolas não vai durar. Com o tempo, a mera menção a seguranças nas escolas particulares vai ser coisa do passado, de outros tempos.
Mas algumas mudanças vêm para ficar. Um grande exemplo é o Novo Ensino Médio. Você está com dúvidas sobre a sua implementação? Temos um texto para te ajudar nessa.
Leia hoje nosso texto de tira dúvidas do Novo Ensino Médio!
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