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Tira dúvidas do Novo Ensino Médio para 2023

Tira dúvidas do Novo Ensino Médio para 2023

Equipe iScholar

O novo ensino médio em 2023 vai transformar ainda mais escolas pelo país. Conforme as mudanças vão sendo formalizadas e aplicadas em escolas públicas e privadas, a padronização no novo modelo vem ficando cada vez mais próxima.

Em 2022 acabou o prazo máximo para a adoção da grade curricular de no mínimo 1.000 horas no ensino médio, então esse é o momento de fazer a sua transição. Já sabe por onde começar?

O texto de hoje é um resumão da Lei 14.415/2017 e um aprofundamento nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio de 2018 - com tudo o que muda no Novo Ensino Médio para 2023.

Vamos começando porque temos muita coisa pra gente conversar:

017 e um aprofundamento nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio de 2018 - com tudo o que muda no Novo Ensino Médio para 2023 e além.

Vamos começando porque temos muita coisa pra gente conversar. Primeiro o básico:

O Novo Ensino Médio em 2023 vai ser obrigatório?

Alunos sentados em sala de aula

Deixando claro logo no começo do texto: o Novo Ensino Médio é o mesmo desde 2017 - quando foi idealizado e colocado em Lei - até hoje.

O que muda no Novo Ensino Médio é que em 2023 termina o prazo máximo para a sua implementação. Em março de 2022 foi o primeiro limite: todas as escolas já precisam estar com as 1.000 horas mínimas anuais para alunos do primeiro ano.

2023 é o limite para a implementação do Novo Ensino Médio em todos os anos. Você já sabe o que você precisa mudar?

É normal ter algumas dúvidas. Muitas coisas aqui talvez você já saiba, mas temos alguns detalhes importantes e comentários sobre o que você precisa implementar:

Entendendo o Novo Ensino Médio

Muita coisa já está mudando, mas o que podemos entender do Novo Ensino Médio em 2023 é que o MEC está apostando alto neste ano para padronizar de vez o ensino nesse novo modelo.

O Novo Ensino Médio foi promulgado ainda em 2017, é uma determinação relativamente nova - mas já está fazendo aniversário de 5 anos. Sua primeira aparição foi na atualização da Lei 14.415, que determina várias mudanças na LDB.

Depois, em 2018, veio a atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, trazendo ainda mais mudanças.

Essas duas alterações - a primeira direto na LDB, a segunda nas Diretrizes Curriculares - é que formaram a estrutura jurídica e prática do Novo Ensino Médio.

Vamos entender exatamente o que cada uma dessas mudanças diz ao longo do texto. Mas você vai precisar entender que:

  • O currículo escolar mudou: no novo ensino médio, existe um ensino básico regular, que é o currículo da BNCC. Mas também existe uma outra modalidade de ensino, chamada de Itinerários de Formação, que precisa ser oferecida pelas escolas (cada escola deve oferecer no mínimo dois itinerários);

  • A carga horária mudou: a LDB de 96 determinava um mínimo de 800 horas por ano na escola. Houve um acréscimo de 200 horas no Novo Ensino Médio - são 3.000 horas no total de todos os anos;

  • É possível fazer curso técnico: está liberado o curso técnico como substituto dos Itinerários de Formação, mas o aluno ainda vai precisar cumprir as 1.800 horas totais do ensino básico regular;

  • Existem novos modelos de aprendizado: especificamente os Itinerários de Formação e as FICs - Formações Iniciais Continuadas, com um forte apelo para o Mercado de Trabalho.

Veja com mais detalhes cada um desses pontos, começando pelo currículo escolar:

Como fica o currículo escolar do Novo Ensino Médio?

É provável que essas sejam as mudanças mais extensas no currículo escolar desde 1996, quando a Lei de Diretrizes e Bases atual passou a valer.

Isso porque, apesar do Novo Ensino Médio se pautar na BNCC, o novo currículo escolar ainda passou por mudanças bem drásticas.

Agora, as disciplinas são divididas em quatro grandes áreas de conhecimento. Elas são as seguintes:

  • Linguagens e suas tecnologias;
  • Matemática e suas tecnologias;
  • Ciências da Natureza e suas tecnologias;
  • Ciências Humanas e Sociais aplicadas;

O currículo escolar precisa passar por essas quatro grandes áreas do conhecimento. E ao mesmo tempo, os Itinerários Formativos também, como aprofundamentos nessas áreas.

Segundo o próprio MEC:

“Os itinerários formativos são o conjunto de unidades curriculares ofertadas pelas escolas e redes de ensino que possibilitam ao estudante aprofundar seus conhecimentos e se preparar para o prosseguimento de estudos ou para o mundo do trabalho.”

Veja um exemplo do MEC para entender como seria o EM de um estudante escolhendo seus Itinerários Formativos:

Gráfico mostrando itinerários formativos em três exemplos diferentes

Entenda que nesses três exemplos, o aluno precisa cumprir esses Itinerários Formativos ao mesmo tempo em que faz as horas do ensino básico regular, o currículo da BNCC.

Todas as escolas precisam oferecer, no mínimo, dois Itinerários Formativos. Esses Itinerários precisam movimentar áreas do conhecimento para serem considerados. Um ótimo exemplo desenvolvido pelo CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira) é o Itinerário Formativo da Cultura Digital.

Ele aplica todas as áreas de conhecimento ao mesmo tempo, envolvendo Letramento Digital, Linguagens de Programação etc. Você pode acessá-lo gratuitamente aqui..

Como é a carga horária do Novo Ensino Médio?

O Novo Ensino Médio vai ter mais horas de aula ainda no ensino regular, mais o acréscimo dos Itinerários Formativos e dos cursos técnicos feitos durante o EM.

No geral, as mudanças na carga horária podem ser definidas assim:

  • No total, o Novo Ensino Médio vai ter até 1.800 horas do currículo da BNCC. O restante deve ser distribuído nos Itinerários Formativos ou Ensino Técnico; mínimo 3.000 horas do ensino básico regular + a carga horária dos Itinerários Formativos;

O mínimo na LDB de 96 era 800 horas anuais para o ensino regular. Esse mínimo teve um acréscimo de mais 200 horas.

O que também mudou é que o resto da jornada precisa ser complementada pelos itinerários de formação, que devem ter 1.200 horas de duração ao longo de todo o ano. Mas isso pode ser feito como o aluno achar melhor. Veja esse exemplo:

Gráfico mostrando formas diferentes de conciliar o currículo básico com os itinerários formativos

Em amarelo, a educação básica regular, o currículo da BNCC. Em azul, os Itinerários. Completando 1.200 horas do currículo da 1.800 horas do primeiro e 1.200 do segundo, não importa a ordem. Quem escolhe é o aluno.

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Como funciona o Ensino Técnico no Novo Ensino Médio?

Também existe a possibilidade do aluno fazer um ensino médio direcionado para a formação técnica e profissional. Para que ele siga nessa jornada, seria necessário trabalhar o ensino regular da BNCC e a área técnica.

Seria algo como mostra esse esquema:

Gráfico mostrando itinerários formativos em três exemplos diferentes

Veja como o aluno pode, inclusive, complementar a carga horária dedicada aos Itinerários fazendo um curso técnico em outra escola. Ele pode passar as 1200 horas necessárias para a conclusão do Novo Ensino Médio ou dividi-lo nas Formações Iniciais e Continuadas e nas Unidades Curriculares.

Funciona assim: já entendemos que, além da formação geral básica, o aluno precisa também cursar um itinerário de aprendizagem. Esse itinerário pode ser um curso técnico feito na própria escola que ele estuda ou em uma escola diferente.

Além disso, também é possível mesclar o curso técnico como itinerário com uma FIC - Formação Inicial Continuada. Dessa forma, o aluno pode optar por fazer várias FICs diferentes ao invés de escolher apenas um itinerário de aprendizagem.

O aluno pode, inclusive, escolher fazer o curso técnico + a FIC + as Unidades Curriculares para somar horas.

Essas Unidades podem ser horas em:

  • Laboratórios;
  • Oficinas;
  • Clubes;
  • Observatórios;
  • Incubadoras;
  • Núcleos de estudos;
  • Núcleos de criação artística.

Mas precisamos nos aprofundar um pouco mais nessas Unidades Curriculares do Novo Ensino Médio:

O que são as Unidades Curriculares do Novo Ensino Médio?

Homem e mulher usando computador e olhando em monitor.

As Unidades Curriculares são a prática do Novo Ensino Médio. É através delas que os alunos conseguem ter um protagonismo ainda maior no seu aprendizado, principalmente através de iniciativas como a cultura maker.

Essas Unidades Curriculares estão muito relacionadas com os Itinerários Formativos. Para criar um Itinerário, é necessário ter pelo menos uma Unidade Curricular referenciada.

Ou seja, o Itinerário precisa ser formado com o apoio da Unidade.

Como você viu na enumeração de alguns exemplos de Unidades Curriculares no tópico anterior, eles são muito voltados para a prática dos alunos. É o momento que eles têm para testar todas as teorias que eles estão vendo até o momento.

As escolas devem oferecer para os alunos os meios para que eles atinjam seu próprio protagonismo. E as Unidades são o passo mais prático para que isso seja atingido.

Sua escola está preparada para o Novo Ensino Médio em 2023?

Veja a quantidade de novas informações que sua escola vai precisar criar, processar e executar. Muitas estão sentindo como se estivessem correndo contra o relógio para colocar tudo em prática.

E nós entendemos: o Novo Ensino Médio acrescenta praticamente um currículo inteiro para as escolas. E isso pode ser muito difícil de acompanhar.

O melhor jeito de fazer esse trabalho é com um sistema de gestão escolar. Com um, você consegue organizar suas turmas, currículos e acompanhar as horas de um jeito muito mais eficaz que os velhos diários escritos com as ferramentas mais antigas do mundo: a mão e o lápis.

Ainda mais com todo esse protagonismo dos alunos. Ao invés de várias turmas com currículos diferentes, você vai ter vários indivíduos com currículos distintos.

Cada aluno vai fazer seu próprio currículo, e por regulamentações do MEC, todas as horas vão precisar ser contabilizadas para que esse aluno consiga se formar.

Aqui no blog sempre falamos sobre como daqui há algum tempo seria simplesmente inviável trabalhar sem um sistema de gestão escolar. Esse tempo chegou com o Novo Ensino Médio: é 2023.

Conheça o IScholar e veja como o sistema de gestão vai ajudar a sua escola!

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